A consolidação da revolução de 1930
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A consolidação da revolução de 1930


Quando Getúlio Vargas tomou posse do Governo Provisório, em novembro de 1930, inaugurava-se um novo tipo de Estado no Brasil. A burguesia cafeeira havia sido afastada do poder, mas isso não queria dizer que ela deixara de exercer importante papel na sociedade, tanto do ponto de vista econômico como político.

 Getúlio Vargas

A Revolução de 1930 veio de uma conjugação de fatores ligados aos interesses de diferentes setores da sociedade. Esses setores tinham em comum a oposição ao domínio exclusivo da oligarquia paulista e mineira.

O movimento de 1930 teve a adesão de fração da própria burguesia cafeeira, associada à burguesia não diretamente ligada à economia agrária.

Para se efetivar, o movimento contou com o apoio das camadas médias urbanas e dos militares do movimento tenentista e, para se legitimar, obteve a simpatia das classes populares urbanas.

Os primeiros momentos do Governo Provisório

Quando Getúlio Vargas assumiu a liderança política do país, passou a governar com poderes praticamente ditatoriais. Seu ministério era composto pelos chamados "tenentes civis", que haviam participado da revolução. Um dos ministérios mais importantes foi o então recém-criado Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio, entregue ao gaúcho Lindolfo Collor. Esse ministério teve importante papel na política de Getúlio Vargas em relação aos trabalhadores, criando as leis trabalhistas.

Uma grande preocupação era a consolidação do poder revolucionário em todo o território nacional, controlando as forças políticas nos estados. Esse papel deveria ser exercido pelos tenentes, como interventores. Do sul ao norte, os tenentes, ou partidários da revolução, passaram a dominar as políticas locais. O Rio Grande do Sul, por exemplo, era governado por Flores da Cunha, que havia aderido à revolução desde seu início.

O Norte e o Nordeste estavam sob a influência do tenente Juarez Távora (conhecido como  "vice-rei do Nordeste), que entrou em acordo com a maioria das oligarquias locais.

A falta de um programa político coerente enfraquecia o movimento tenentista. Getúlio Vargas sabia tirar proveito disso, aumentando seu prestígio e poder pessoais. A crise do tenentismo aumentou quando os tenentes mais radicais entraram em choque com a oligarquia paulista.

PEDRO, Antônio. História da Civilização Ocidental. ensino médio. volume único.

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