A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica
Artes Plásticas

A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica


Por Ana Carolina Leão, Cleomar Marin,
Patrícia Freitas e Núbya Fontes

Ao desenvolver o texto de ?A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica?, Walter Benjamin discursa sobre o advento de produtos culturais de massa, a consequente perda da autenticidade das produções artísticas e a efemeridade das mesmas.

Benjamin destaca que, em essência, toda obra de arte sempre foi reprodutível. O que os homens faziam sempre podia ser imitado por outros homens. Porém, com o avanço das técnicas, a reprodução torna-se um processo de massa e uma das características fundamentais da indústria cultural.

E o que isso gera? Bom, a reprodução em massa substitui a existência única da obra por uma existência serial. Por mais que com a reprodutibilidade a obra se torne mais acessível, ela perde sua autenticidade, seu caráter único e original.

As obras de Romero Britto exemplificam perfeitamente a era da reprodutibilidade. Suas obras são vistas em todo e QUALQUER lugar. Há movimentos que repudiam a chamada ?romerobrittização?,
tamanha a sua presença nas coisas mundanas.

Com a reprodução ela perde o aqui e agora vivido pelo seu autor, a obra não possui mais as emoções vivida no momento de sua confecção, ou seja, sua aura foi deteriorada e o seu valor de culto é drasticamente alterado. E esse ?declínio? da aura está relacionado ao intenso desejo que as massas contemporâneas possuem de aproximar as coisas, espacial e humanamente. Superando a tendência de caráter único das coisas.

O momento em que uma obra de arte é concebida é visto, por Benjamin, como irrepetível. A partir desse instante, o processo do passar do tempo cria nelas certa tradição, responsável por agregar seu valor e propriedades autênticas impossíveis de ser alcançadas nas suas reproduções. É esta tradição que difere determinadas peças de suas cópias. Quando se trata de cinema, a reprodução se torna fundamental: além de difundir um produto de cultura de massa, a exibição constante é responsável por ?pagar? pela produção do filme. Na época da indústria cultural em que vivemos, uma obra cinematográfica de ?sucesso? não é necessariamente a melhor avaliada pela crítica, mas sim aquela vista por mais pessoas, ou seja, a mais reproduzida.





Minions (2015) foi a melhor estreia dos cinemas brasileiros porque
foi o mais visto, mas não necessariamente é o melhor filme.



loading...

- A Flor Azul Na Terra Da Tecnologia
Por Anna Gabriela da Motta, Iago Santos, Jéssica Miranda e Shayene Martins Em Benjamin, cinema e experiência: a flor azul na terra da tecnologia, Miriam Hansen analisa e aponta críticas, trazendo diversas teorias, sobre o tratado de Walter Benjamin...

- Aura X Massas: O Cinema E A Fotografia Como Promotores De Uma Cultura Revolucionária
Por Karina Mendes, Ana Clara de Assis, Ingrid Carraro Camila Santos, Ronan Dos Santos e André Barbalho Miriam Hansen abre o texto ?Benjamin, cinema e experiência: a flor azul na terra da tecnologia? com uma citação de ?A obra de arte na era da sua...

- A Obra De Arte Na Era De Sua Reprodutibilidade Técnica
Por Robson Filho, Mateus Dias e Guilherme Pimenta   Atget, quando fotografava as ruas de vazias de Paris no século XIX, iniciou o processo de valor de exposição sobrepondo ao valor do culto da fotografiaComo lidar com a reprodução das artes...

- Walter Benjamim: Um Homem Do Seu E Do Nosso Tempo
Anna Karolina, Vilela Siqueira, Bruno Cézar Gordiano, Fernando Altoé e Nathan Fioresi. Walter Benjamim (1892-1940) foi ensaísta, crítico literário, filósofo e sociólogo judeu alemão. Como legado o autor deixou, dentre outras contribuições,...

- Sobre Walter Benjamin, Aura E Publicidade
Camila de Nadai, Camila Macedo, Lucas Kato e Vinicius Sant Anna O Autor Walter Benjamin nasceu em Berlim, Alemanha, em 15 de julho de 1892. Estudou filosofia na Universidade de Freiburg e tornou-se doutor pela Universidade Bern. Benjamin era filho de...



Artes Plásticas








.