Política externa de Jânio Quadros
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Política externa de Jânio Quadros


A década de 1960 se caracterizou pelas lutas de independência dos países da África e da Ásia, dependentes e subdesenvolvidos, haviam sido dominados durante longos anos pelas potências imperialistas européias. Quase a mesma situação ocorria na América Latina, que, embora já tivesse deixado de ser colônia no começo do século XIX, permanecia dominada pelos grandes monopólios capitalistas estrangeiros. Se na África havia uma luta pela independência política, na América pretendia-se diminuir a dependência econômica em relação aos Estados Unidos.

A política externa do governo Quadros tinha por objetivo manter-se mais próxima dos movimentos de luta anticolonialistas. Jânio procurou também aproximar-se do bloco socialista, mandando, como seu representante João Goulart para estabelecer relações comerciais com os chineses.

Muitos políticos progressistas que criticavam o conservadorismo de Jânio quanto à política interna acabavam apoiando-o na política externa. Com isso Jânio conseguia momentaneamente desviar as atenções da oposição, pois a situação interna tornava-se cada vez mais crítica.

Nessa época, o governo norte-americano tentou invadir Cuba para depor Fidel Castro, líder da Revolução Cubana. Os americanos foram derrotados de Jânio Quadros condenou politicamente a invasão.

Enquanto verbalmente Jânio apoiava os revolucionários cubanos, na prática os embaixadores  Roberto Campos e Walter Moreira Salles viajavam para a Europa Ocidental e os Estados Unidos, respectivamente, com o objetivo de tranqüilizar os países capitalistas. E a posição aparentemente ambígua  (incerta, hesitante) de Jânio, ficou mais clara quando ele apoiou a política colonialista de Salazar na África, pondo-se contra os movimentos de luta pela independência de Angola e Moçambique.

Mesmo assim, os setores mais tradicionais da UDN aumentaram as críticas a Jânio Quadros quando ele iniciou negociações para o restabelecimento de relações diplomáticas com a União Soviética. A paciência dos mais reacionários se esgotou quando, para sua surpresa geral, Jânio Quadros, no dia 18 de agosto de 1961, condecorou Ernesto "Che" Guevara, o ministro da economia de Cuba, que estava de passagem pelo Brasil.

Toda a grande imprensa e a Cruzada Brasileira Anticomunista iniciaram uma intensa campanha contra Jânio Quadros. No entanto, ninguém gritava mais do que Carlos Lacerda que pedia a cabeça do seu aliado da véspera.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único

Technorati Marcas: política externa,monopólios estrangeiros,UDN,Che Guevara,Cuba,Carlos Lacerda,Estados Unidos

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