O que foi a diáspora?
Os hebreus, entre 1500 e 1200 a.C., dividiram-se em doze tribos que foram conduzidas por líderes militares-religiosos conhecidos como juízes. Os juízes mais famosos foram: a profetisa Débora, Gedeão, Jefté e Sansão.
A ameaça representada pelos filisteus obrigou-os a unirem-se e formarem uma monarquia; pediram ao juiz Samuel para escolher um rei, que foi Saul, um misto de soldado e pastor que havia se destacado na luta contra os filisteus. Davi, genro de Saul, sucedeu-o no trono e foi o verdadeiro criador do Reino de Israel. Estabeleceu as fronteiras do país e fez de Jerusalém a capital. Seu sucessor, Salomão promoveu o crescimento econômico do país e construiu o Templo de Jerusalém.
Após a morte de Salomão, ocorrem crises políticas no país que resultam em sua divisão. Dez, das doze tribos formaram o Reino de Israel, governado por Jeroboão, cuja capital ficou sendo a Samaria. Ao sul, as duas tribos restantes formam o Reino de Judá, governado por Roboão, com capital em Jerusalém.
A crise política
A possibilidade de existência dos pequenos reinos de Israel e Judá, na Palestina, deve-se ao fato de que se passava por uma época de crise dos grandes impérios.
Hurritas, hititas e egípcios estavam em processo de decadência. A situação muda com o crescimento do Império Assírio, que passa a desenvolver uma política de hegemonia para todo o Oriente.
Além disso, internamente, os reinos da Palestina passavam por crises e lutavam entre si. Por essa época (850 a.C), aparecem os profetas, que se apresentavam como intermediários entre os homens e a divindade, pregavam o retorno do povo ao culto religioso que consideravam correto e denunciavam a corrupção em Israel.
Destacaram-se neste papel: Elias, Eliseu, Amós e Oséias. Isaías e Jeremias desempenharam esta mesma atividade no reino de Judá. Javé, o deus dos hebreus, passa a ser considerado o deus de todos os homens.
A Diáspora
Em 722 a.C., o reino de Israel é destruído com a conquista de Samaria por Sargão II, rei dos assírios. Seguindo as tradições assírias em relação aos povos conquistados Sargão II determina a deportação dos hebreus para terras distantes do Império Assírio. É o início da Diáspora (dispersão) dos hebreus.
O reino de Judá ainda sobreviveu um século ao reino de Israel, por ter adotado uma política externa de prudente recolhimento. Entretanto, durante a época do Império Neobabilônico, Nabucodonosor toma Jerusalém e é destruído o templo. Os hebreus do reino de Judá são deportados, iniciando-se o "Cativeiro da Babilônia"; em seguida, os persas, sob comando de Ciro, conquistam o Império Neobabilônico.
Os persas, contrariamente aos babilônicos, adotavam uma política de tolerância religiosa, e autorizaram o retorno dos hebreus à Palestina. Os hebreus tendem a perder sua identidade étnica e política. O que os unirá a partir de então será sobretudo a identidade religiosa, sendo a região da Palestina objeto de subjugação de várias dominações estrangeiras. Em 332 a.C., passaram ao domínio do império de Alexandre da Macedônia. No ano 6 d.C.,a Judéia torna-se uma província romana. Uma revolta contra o domínio romano (70 d. C) provoca a destruição de Jerusalém e nova dispersão dos judeus.
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fonte: apostilas ETAPA
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