Antes de 1808, era proibido às pessoas que viviam no Brasil possuir uma tipografia. O governo português impedia, assim, a publicação de livros, jornais e revistas na colônia. Quando a Corte portuguesa veio para o Brasil, uma tipografia completa foi trazida para cá.
Dom João expediu em maio de 1808 um ato real criando a Imprensa Régia. Seu obetivo era imprimir "exclusivamente toda a legislação e papéis diplomáticos".
Em menos de um mês, o príncipe regente criou também uma junta encarregada de "examinar os papéis e livros que se mandassem publicar e fiscalizar que nada se imprimisse contra religião, o governo e os bons costumes". Assim, a imprensa já nasceu censurada no Brasil.
Entre 1808 e 1821, a Imprensa Régia publicou grande número de livros, folhetos e periódicos, entre eles A Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal da colônia, responsável por divulgar não apenas os atos reais, mas também informações sobre o estado de saúde dos reis da Europa.
Um dos primeiros jornais a criticar o governo de dom João foi o Correio Braziliense (1808-1822), periódico publicado em Londres por Hipólito José da Costa e distribuído de forma clandestina no Brasil.
Fac-símile do primeiro número do jornal Correio Brasiliense, publicado em junho de 1808. Impresso em Londres, foi umdos primeiros jornais a circular no Brasil. Não chegou a ter 200 edições (1822) não tinha periodicidade certa.
Fonte: Nelson Werneck Sodré. História da Imprensa no Brasil. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1983. p.9-35
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