No período inicial da expansão romana, ocorreram revoltas de escravos na ilha da Sicília. Porém, a maior rebelião de escravos foi liderada pelo Escravo Espártaco.
Espártaco foi capturado no norte da Grécia e trazido para a Itália. Por ser forte e corajoso, foi escolhido por seu dono para ser um gladiador. Em 73 a.C., ele fugiu acompanhado de 74 gladiadores e iniciou um exército que recebeu a adesão de milhares de escravos e homens livres pobres, Espártaco chegou a reunir 100 mil homens.
O exército de Espártaco venceu algumas legiões romanas diversas vezes. Em 71 a.C., os exércitos romanos se uniram contra os rebeldes e, conseguiram vence-los.
A luta pela terra
Durante as conquistas romanas, grandes extensões dos territórios conquistados tornaram-se terra pública. Nesse processo os camponeses saíram prejudicados, eram obrigados a servir o exército, abandonando suas terras que eram devastadas ou incorporadas ilegalmente às terras dos grandes proprietários.
A partir do século II a.C alguns políticos tentaram realizar reformas para a distribuição de terras, tal era a gravidade da situação. Os tribunos da plebe Tibério Graco, em 133 a.C., e seu irmão Caio, em 123 a.C, propuseram uma reforma agrária, mas enfrentaram uma forte oposição do Senado.
Além do problema da terra, outra questão tinha que ser resolvida. Os camponeses empobrecidos alistavam-se como soldados permanentes. Em 107 a.C., quando o cônsul Mário promoveu uma reforma militar instituindo o pagamento de salários e parte dos saques de guerra aos soldados. Por consequência os soldados ficaram ligados por laços de lealdade a seus comandantes, e esses por sua vez, usavam suas tropas para obter poder político, pressionando o Senado que foi perdendo força e os generais ganhavam prestígio.
O mais destacado desses generais foi Júlio César, que, conquistou a Gália, depois tomou Roma e promoveu reformas importantes doando terras a milhares de ex soldados e plebeus, concedeu cidadania a muitos habitantes das províncias e introduziu o calendário juliano, que divide o ano em 365 dias.
Júlio César foi acusado pelos senadores de traição à República e desejar a volta da Monarquia e, o assassinaram em 44 a.C.
Mas, o poder continuou nas mões de outro militar, o general Otávio, sobrinho de César e seu herdeiro, que disputou o poder com o general Marco Antônio, e o acusou de trair Roma ao se casar com Cleópatra, a rainha do Egito, e deixar pra ela toda a sua herança, inclusive terras romanas.
Otávio venceu as forças de Marco Antônio na Batalha de Ácio, em 31 a.C., e conquistou o Egito. Otávio foi acumulando poderes e diminuindo a força do Senado.
A República aproximava-se do fim.