Liberalismo, Socialismo, nacionalismo e imperialismo
Confrontos violentos, na Europa e na América, foram constantes no século XIX. Dentro de cada país e entre eles cresceram disputas envolvendo os mais diversos interesses. A consolidação do Estado liberal, as reivindicações socialistas, as unificações políticas nacionais e as disputas por mercados internacionais firmaram-se como as marcas do século.
Acompanhando a industrialização, o progresso capitalista europeu foi, pouco a pouco, consolidando o Estado liberal burguês durante o século XIX, marcado pelo triunfo do imperialismo pela efervescência do sentimento nacionalista e da doutrina socialista. Além disso, o período foi destacado pelo acirramento das disputas por mercados coloniais.
A busca da sobrevivência e de novas oportunidades por parte dos europeus, simultaneamente a turbulências políticas e crises, também favoreceu grandes deslocamentos demográficos que levaram dezenas de pessoas a se dirigirem para outros territórios, como América, África do Sul, Austrália, e Nova Zelândia, entre outros destinos (mapa). A grande migração contribuiu para aliviar a questão social europeia e beneficiou a europeização e a globalização econômica em curso.
No século XIX¹ a população mundial passou de aproximadamente 900 milhões para 1.6 bilhão de habitantes. De 1815 a 1914 cerca de 40 milhões de europeus abandonaram definitivamente seus locais de origem para se instalarem nos EUA, Canadá, Brasil, Argentina, Austrália e Nova Zelândia. Nesse período, alguns estudiosos calculam que as populações das Américas, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Sibéria tenham aumentado de quase 6 milhões para 200 milhões de habitantes.
¹ Dados apontados em PARKER, Geoffrey (Ed.) Atlas da História do Mundo, São Paulo: Folha de São Paulo/Times Books, 1995. p. 204.
VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.
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