O processo de independência dos Estados Unidos foi apoiado e influenciado por maçons europeus. A esmagadora maioria dos presidentes pertenceu à fraternidade e se guiou por seus signos e valores.
O primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, era uma maçom. Ele emprestou seu nome à capital do país, justamente onde se encontram hoje as principais "pegadas" das convicções de ideais que embalaram sua vida política.
A ascensão de Washington ao poder máximo do recém-criado país faz supor que a organização em que ele militava estava profundamente envolvida no processo de independência das então colônias inglesas. E ainda que a França vivesse às turras com a Inglaterra no século XVIII, tinha grande interesse em infiltrar seus influentes franco-maçons no movimento norte-americano de emancipação política e territorial.
Tudo isso é pertinente, e não faltam pesquisadores a endossar tais teorias sobre o poder da maçonaria no processo revolucionário americano. O que talvez ainda não tenha sido totalmente desvendado é o papel exato dos maçons no eposódio.
É tentador acreditar na hipótese de uma guerra inspirada e desejada pelas lojas maçônicas da velha Europa. Nesse caso, a Declaração de Independência de 1776 seria a consagração de um ideal maçônico apoiado pela aristocracia francesa, com base nas idéias da filosofia das Luzes. Tudo muito puro e muito lógico.
Porém, a realidade pode ter sido mais complexa. É imperativo colocar nessa conta que, no fim do século XVIII, o futuro daquilo que viria a ser os Estados Unidos era decidido mais no interior das antecâmaras tradicionais do poder, em Londres e Paris, do que nas oficinas maçônicas francesas.
O que levou a França a apoiar os insurretos americanos foram considerações de ordem puramente política, que passavam ao largo da maçonaria. Um tratado assinado em 1763 tirava da França o Canadá e a bacia do Mississippi, que passavam às mãos da Inglaterra. Alijada no Novo Mundo, a França só almejava conseguir sua revanche contra os ingleses.
fonte: Revista História Viva. ano VI. nº 71.Maçonaria, nas sombras do poder. texto. Madeleine du Chatenet.
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