O Egito antigo estabeleceu constantes relações com os povos vizinhos, muitas vezes impondo uma situação de domínio. Entre 2600 a.C. e 1700 a.C., por exemplo, manteve sob controle as sociedades da região da Núbia, onde hoje se localizam o Sudão e a Eritreia.
A partir de 1700 a. C., porém, os núbios construíram uma sociedade autônoma, capaz de fazer frente aos poderosos egípcios. Conhecida como Império Kush, essa sociedade reunia uma população predominantemente urbana, com a presença de um pequeno grupo de letrados.
Segundo pesquisadores, o Primeiro Império Kush sobreviveu por 200 anos, período em que foi governado por oito soberanos. Por volta de 1500 a.C., os egípcios antigos voltaram a dominar a região. Com isso, parte da aristocracia local se transferiu para a cidade de Napata, mais ao sul, no atual Sudão.
Na área, por volta de 1100 a.C., os descendentes dessa aristocracia ergueram o que ficou conhecido como Segundo Império Kush.
Sítio Arqueológico situado na Antiga Méroe, capital do Império Kush, no atual Sudão. As sepulturas reais construídas entre os séculos VII a. C. e IV da Era Cristã
Em 750 a.C. invadiram o Egito antigo, de onde foram expulsos pelos assírios, em 663 a.C. Nessa época, governado por um soberano, acredita-se que o Império Kush reunia cerca de 500 mil habitantes.
A principal atividade econômica era o comércio, sobretudo intermediando o fluxo de mercadorias entre a África subsaariana e as sociedades próximas ao mar Mediterrâneo.
A partir do século IV d.C., não há mais registros da permanência do Império Kush que, ao que tudo indica, foi dominado pelo Império Axum.
Nelson Piletti, Claudino Piletti, Thiago Tremonte. História e vida integrada. ensino fundamental
Assine nosso feed. É Grátis. Obrigado pela visita e volte sempre!
Leia também: Os Reinos Africanos