Além do indígena e do negro, na formação da população brasileira está o português. O projeto colonizador envolvia as integrações econômica, cultural e política à metrópole. Os agentes típicos desse empreendimento foram de dois tipos: os citados jesuítas e o empresário português na colônia. O estabelecimento da agroindústria do açúcar foi a primeira atividade econômica responsável pela fixação do branco nas terras brasileiras. Essa atividade exigia um alto investimento de capitais, abundância de terras e de mão-de-obra. A empresa agrícola açucareira na colônia dá origem a uma organização social típica, que tem como centro a figura do senhor de engenho. O padre João Antônio Andreoni, que usava o pseudônimo de Antonil, esteve no Brasil e nos legou um livro importante que foi publicado em 1711, chamado Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas, e e nele afirma: " O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado por muitos (...) Os escravos são as mãos e os pés do senhor do engenho".
Colono Português: (desenho de Alberto Souza) O traje Popular em Portugal nos séculos XVI e XVII
Após a doação das primeiras capitanias começaram a chegar os povoadores, atraídos pela doação de terras e demais incentivos concedidos pelo Estado. Na maioria, provinham das áreas rurais, mas a sua experiência agrária teve de ser ajustada à atividade produtora de base escravista, em regime de grande propriedade agroexportadora.
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