A história da fundação de Alba Longa é contada na obra Ab urbe condita (que quer dizer Desde a fundação da cidade), escrita pelo romano Tito Lívio no século I a.C. e mais conhecida atualmente como História de Roma.
Tito Lívio conta: Com a morte de Sílvio Procas, o décimo segundo rei de Alba Longa, seu filho mais velho, Numitor, que assumiu o lugar do pai, foi expulso do trono pelo irmão mais novo Amúlio. Com medo de perder o trono para os descendentes de Numitor, Amúlio matou o sobrinho Lauso e obrigou a sobrinha, Rea Sílvia a se tronar vestal (Sacerdotisa de Vesta, deusa romana do fogo e do lar. As vestais não podiam se casar).
Mas Rea Sílvia se uniu a Marte, deus romano da guerra, e deu a ele dois filhos gêmeos, Rômulo e Remo. Para puni-la, Amúlio ordenou que os recém-nascidos fossem colocados numa cesta e lançados no rio Tibre. A cesta, porém, encalhou numa das margens do rio e uma loba encontrou as crianças. Como ela acabara de perder seus filhotes, passou a amamentar Rômulo e Remo. Algum tempo depois, um pastor chamado Fáustolo encontrou os meninos e levou-os para casa, onde sua mulher os criou.
Estátua em bronze do século V a.C. Loba amamentando Rômulo e Remo, símbolo da origem de Roma
Anos mais tarde, acusado de roubo, Remo foi capturado e levado à presença do rei Amúlio. Fáustolo, o pastor, resolveu então contar a Rômulo a história de sua origem. Rômulo foi até Alba Longa, libertou seu irmão, matou Amúlio e devolveu o trono a seu avô Numitor.
Os dois irmãos resolveram então fundar uma cidade, mas se desentenderam em relação ao melhor lugar para isso. Na luta que se seguiu, Rômulo matou Remo e fundou Roma, da qual se tornou o primeiro rei. Era o ano de 753 a.C.