No século XIX, todo o sul da África foi alvo de intensa colonização européia. Tanto a reserva de matéria-prima como o solo rico e o clima facilitaram a fixação de núcleos coloniais. Mas a colonização dessas regiões foi feita a expensas (à custa de) da população nativa local, progressivamente desalojada de suas terras ou simplesmente exterminada pelos colonos.
Após a independência, o governo sul-africano adotou uma política de aberta segregação racial, o apartheid, que mantinha a esmagadora maioria negra submetida a um regime de trabalho quase forçado e confinada em guetos extremamente pobres. Esse regime gerava um estado de tensão social constante, que freqüentemente explodia em violentos conflitos raciais.
O apartheid
Em africâner, a língua dos brancos sul-africanos, apartheid quer dizer separação. Esse foi o nome pelo qual se tornou conhecida uma política de segregação contra os negros na África do Sul.
Entre 1910 e 1961, a África do Sul foi oficialmente um domínio britânico. Porém, seus governantes, representantes do rei da Inglaterra, tinham grande liberdade política com relação ao Reino Unido. Apesar de a imensa maioria da população sul-africana ser negra, o governo era exercido por habitantes de origem européia, descendentes dos colonizadores holandeses e ingleses.
Essa minoria branca impôs uma política discriminatória contra os negros da África do Sul. Em 1948, essa política foi oficializada com o nome de apartheid ou "estado de separação". De acordo com ela, os negros ficavam proibidos de ter acesso à propriedade da terra e eram obrigados a viver em lugares segregados (separados) dos brancos.
Em 1950 o primeiro-ministro Daniel Malan criou a Lei de Registro da População, que classificou os habitantes em três grupos: Brancos, Mestiços e Nativos. Em 1953, uma medida oficializou a separação de brancos e negros nos serviços e nos lugares públicos.
Apesar de se transformar numa República em 1961, a África do Sul manteve o apartheid. Depois de muitos protestos e do apoio internacional recebido pelos negros sul-africanos, em 1992 o apartheid foi extinto. Em 1994, finalmente, ocorreram as primeiras eleições em que negros e brancos concorreram em igualdade de condições legais. Essas eleições transformaram o líder do Partido do Congresso Nacional Africano, Nelson Mandela, um antigo militante pelo fim do apartheid, o primeiro presidente negro da história do país.
Nelson Mandela. Primeiro homem negro a assumir a presidência da África do Sul
Nelson Mandela. Político sul-africano. Membro fundador (1944) do Congresso Nacional Africano (CNA), em defesa dos direitos da maioria negra. Em 1961, tornou-se dirigente do braço armado do CNA, conhecido como Umkhonto we size (A Lança da Nação). Preso em 1962, foi condenado à prisão perpétua. Em 1990, foi libertado durante o governo do presidente Frederik de Klerk. Em 1996, ambos receberam o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços pelo fim do apartheid. Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro governante negro da África do Sul.
PEDRO. Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único. CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.
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