Até o início do século XIX, o interior da África era desconhecido para os europeus. Em meados desse século, com a divisão de quase todo o território asiático completada, os governos europeus voltaram seus interesses para o continente africano. Foram organizadas as primeiras missões religiosas e expedições exploradoras para esse continente.
Em 1867, foram descobertas as jazidas de diamantes do Transvaal. Logo depois, importantes reservas de cobre foram encontradas no território da futura Rodésia. Iniciou-se então a partilha do território africano. Os europeus, aproveitando-se das divisões políticas entre os chefes e reis africanos e introduzindo o comércio de bebida alcoólica nas regiões conquistadas, acabaram por conseguir que as autoridades africanas fossem pouco a pouco, cedendo parte do território africano às companhias européias.
Atrás das companhias vinha o governo, organizando a infra-estrutura para a exploração da colônia, preservando os direitos de exploração do território da concorrência estrangeira e submetendo os nativos "rebeldes". Assim, em menos de 20 anos, todo o território ao sul do Saara foi submetido ao colonialismo europeu.
A França foi um dos primeiros países a conquistar colônias na África. Em 1830, a Argélia foi ocupada com o auxílio da legião estrangeira, corpo expedicionário criado pelo governo francês e composto por criminosos, desertores, exilados políticos e aventureiros. Em 1844, o Marrocos foi parcialmente submetido ao controle francês e, em 1854, foi a vez do Senegal. Partindo desses pontos, a França avançou para o interior do continente, conquistando a Guiné, o Gabão, uma parte dos territórios do Congo e do Sudão.
Em 1910, esses territórios formavam a África Ocidental Francesa. Na mesma época, Madagascar e Tunísia foram incorporados ao Império Colonial Francês, apesar da disputa com a Itália pela Tunísia.
O projeto colonial inglês, definido na expressão "do Cairo ao Cabo", era unificar numa única colônia todos os territórios compreendidos entre a colônia do Cabo (Sul da África) e o Egito (Norte da África). A construção do Canal de Suez impulsionou a Inglaterra em direção ao Egito, apesar da presença francesa na região.
A colonização inglesa no Sul do continente africano foi iniciada por Cecil Rhodes, que explorava as reservas de ouro e diamantes encontradas nessa região. Em 1888, a companhia dirigida por ele iniciou a conquista da Rodésia. Entre 1888 e 1891, Quênia, Somália e Uganda foram incorporados ao Império Britânico. Em 1899, os ingleses tomaram o Sudão da França e o Transvaal dos boeres, população de origem holandesa que lá estava desde o século XVIII. Mas as pretensões coloniais inglesas esbarraram em um empecilho: a Alemanha, que reclamava para si o território de Zanzibar. Além dessa colônia, os alemães haviam conquistado, entre 1884 e 1885, os territórios de Camarões, Togo e Namíbia (Sudoeste africano).
Observando o mapa, nota-se que a Grã Bretanha era a potência com maior número de domínios na África. No final do século XIX somente a Libéria, na costa ocidental, e a Abissínia (Etiópia), na costa oriental, eram nações livres.
Portugal, havia muito tempo, tinha colonizado a costa de Angola e Moçambique, Guiné-Bissau e as ilhas de Cabo Verde.
A região central do continente africano era disputada por vários países europeus. Para decidir a questão, foi organizado um congresso internacional em Berlim.
Foi a denominada Conferência de Berlim (1884-1885).
O Congresso reconheceu a soberania belga sobre o Congo, garantindo liberdade de comércio para todos os países ali presentes. A ocupação desse território foi uma das mais sangrentas da história do colonialismo europeu. A população local foi escravizada, milhares pessoas morreram de fome devido aos trabalhos forçados às doenças trazidas pelos brancos e aos massacres coletivos promovidos contra as aldeias que se rebelavam.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio volume único. mapa: BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção: História Sociedade & Cidadania. ensino fundamental.
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