Fluxo Escravo (1501-1600) (Parte I)
Artes Plásticas

Fluxo Escravo (1501-1600) (Parte I)


Para traficar escravos os portugueses tinham antes que cortejar o soberano local, como o rei do Congo.

 

Gravura, portugueses diante do soberano africano 

Portugueses fazendo reverência ao rei do Congo

Gravura, Johan e Theodore de Bry, ilustração do livro: Índias Orientais, de 1597, National Maritime Museum, Greenwich

A conquista e a colonização da América deram novo impulso ao comércio negreiro, que inicialmente foi canalizado para as colônias de Castela. As plantações surgidas no Caribe e a montagem dos sistemas mineradores no México e nos Andes estimularam o estabelecimento da ligação direta com a África, razão pela qual oito entre dez africanos desembarcaram em portos da América espanhola entre 1501 e 1600.

A colonização da América portuguesa também aumentou a demanda  por escravos no Novo Mundo, apesar de nessa época Lisboa ainda estar mais interessada no comércio com o Oriente.

Embora os traficantes castelhanos estivessem envolvidos no comércio negreiro, sua participação era débil, e em pouco tempo o sistema de asientos se transformou no seu principal meio de obtenção de africanos. Esse era o nome dado a uma permissão que a coroa de Castela  concedia aos seus súditos para comercializar escravos com as colônias portuguesas. Seja para prover sua colônia, seja para atender à demanda do mundo hispano-americano, o predomínio dos traficantes portugueses se intensificou em todo litoral africano.

O principal pólo de exportação de mão-de-obra escrava era a África Ocidental, região que  englobava todo o território compreendido entre os atuais Senegal e Camarões. Essa área era responsável por quase 60% das exportações e, nela, a região da Senegâmbia representava a principal fonte de venda de africanos cativos. Ao mesmo tempo, a região congo-angolana despontava como o segundo celeiro de escravos no continente.

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fonte: revista História Viva. ano VI. n° 66. por Manolo Florentino

Technorati Marcas: colonização,América,escravidão,comercialização

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