A resistência dos indianos contra o domínio inglês era antiga. Mas depois da Primeira Guerra Mundial essas lutas ganharam fôlego e direção. Durante essa guerra, a Inglaterra pediu à Índia matérias-primas e soldados e, em troca, prometeu maior autonomia administrativa aos hindus. Os hindus aceitaram e cumpriram sua parte;a Coroa Britânica não.
A decepção com os ingleses, o desemprego nas cidades e a existência de milhões de camponeses sem terra facilitaram a penetração das idéias da Gandhi, o principal líder da luta pela independência na Índia.
Para combater a dominação britânica, Gandhi propunha a resistência pacífica por meio de uma solução original: a desobediência civil. Ou seja, recomendava aos indianos que não pagassem impostos e não comprassem produtos ingleses e também que desobedecessem às leis que os discriminavam dentro da sua própria terra. O objetivo era não cooperar com os colonizadores, isolando-os e enfraquecendo-os.
O principal partido de oposição ao domínio inglês na Índia era o Partido do Congresso, fundado no final do século XIX, liderado por Mahatma Gandhi e Jawaharlal Nehru. Os muçulmanos, que formavam 24% da população da Índia na época, eram liderados por Mohammed Ali Jinnah. Esses três líderes defendiam a não-colaboração com o colonizador inglês.
Mahatma Gandhi (1869-1948)
Com o fim da Segunda Guerra, aumentaram os movimentos populares pela independência. Agravou-se também o conflito entre hindus e muçulmanos que propunham a formação de um Estado separado da Índia.
Jawaharlal Nehru (1889-1964)
Pressionado pelos indianos e desgastado pelo conflito contra o nazismo, o governo inglês reconheceu a independência da região. Pela Lei de Independência, aprovada em 15 de agosto de 1947, o território da Índia ficava dividido em dois países: República da Índia, de maioria hindu, e República do Paquistão (Oriental e Ocidental), de maioria muçulmana. Em 1971, o Paquistão Oriental constituiu um país separado, Bangladesh.
A divisão foi feita em meio a grande desordem, com violentos conflitos entre hindus e muçulmanos causando a morte de 10 mil pessoas. O próprio Ghandi foi vítima dessa violência: em 30 de janeiro de 1948, foi assassinado por um fanático hindu, que o acusava de ser tolerante demais com os muçulmanos. Morria, assim um dos maiores líderes pacifistas de todos os tempos.
BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção: História Sociedade & Cidadania. ensino fundamental.
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