Montada no início de 1970, a Operação Condor foi uma ação militar com o objetivo de destruir todos aqueles que eram considerados adversários políticos das ditaduras instaladas na América Latina. Os países participantes foram: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile. A ação foi conjunta, financiada com dinheiro, apoio logístico e treinamento oferecidos pelo governo dos Estados Unidos.
A troca de informações sobre perseguidos políticos entre os governos militares sul-americanos já existia desde a década de 1960. Porém, a Operação Condor só foi formalizada em 1975, na XI Conferência dos Exércitos Americanos, realizada em Montevídéu, capital do Uruguai. Quem propôs sua criação foi o general Jorge Rafael Videla, comandante do Exército argentino que se tornaria chefe do governo militar de seu país.
Com a operação Condor, a polícia política de um país podia atuar livremente nos outros países envolvidos, prendendo, seqüestrando e torturando pessoas. Um dos episódios mais conhecidos envolvendo a Operação Condor foi o atentado que matou o general Carlos Prats, militar chileno que se exilara em Buenos Aires após o golpe de Estado ocorrido em seu país. Outro caso foi o assassinato do general boliviano Juan José Torres, que governou a Bolívia de outubro de 1970 até agosto de 1971, quando foi derrubado por um golpe de Estado. No Brasil, a Operação Condor permitiu o seqüestro do casal de uruguaios Lilian Celiberti e Universindo Diaz, em Porto Alegre.
O general Carlos Prats e sua mulher, Sofia Cuthbert, foram assassinados em um atentado a bomba contra seu automóvel em 29 de setembro de 1974, no bairro residencial de Palermo, Buenos Aires. O crime é atribuído à Dina, a polícia política do governo Pinochet.
A Exceção Em 1979, enquanto muitos países americanos eram governados por ditaduras apoiadas pelo governo dos Estados Unidos, na Nicarágua ocorreu a derrubada do ditador Anastásio Somoza Debayle, pela Revolução Sandinista. Somoza governou o país entre 1967 e 1972 e entre 1974 e 1979. Os nicaraguenses constituíram um governo chamado sandinista, em homenagem ao político nicaraguense Augusto César Sandino (1893-1934), assassinado pelo pai de Somoza. Esse governo adotou políticas nacionalistas e se aproximou dos países socialistas. Esteve no poder até 1990, liderado por Daniel Ortega Saavedra. Impossibilitados de retomar o poder nesse período, os aliados do governo dos Estados Unidos na Nicarágua foram orientados a sabotar o governo de seu país por meio de cartilhas com as seguintes ilustrações:
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CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.
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