Uma característica marcante do Renascimento foi o antropocentrismo. A palavra anthropos vem da língua grega e significa homem ( no sentido de ser humano); assim sendo, antropocentrismo significa, literalmente, o homem como centro.
Durante a Idade Média, pode-se dizer que predominava o teocentrismo. A palavra theos também vem da língua grega e significa Deus: portanto, teocentrismo significa Deus como centro. Ou seja, toda a atenção do homem estava, na Idade Média, voltada para a fé, para a religião e para a vida após a morte. Não se valorizavam as coisas ditas "mundanas". A vida na Terra era considerada como uma passagem efêmera em direção à "vida eterna". Os homens, desde cedo, eram educados nesse credo. Todas as dificuldades e catástrofes eram pouco consideradas em virtude daquilo "que Cristo sofreu na cruz", e para tudo ocorria "por vontade de Deus". Logo não havia motivo para alterar a ordem das coisas. A grande mortandade provocada pela Peste Negra, pelas guerras e catástrofes naturais era vista como expressão da "vontade de Deus". Aqueles que se preocupavam com as coisas terrenas eram vistos pela sociedade como desqualificados e, afinal, marginalizados.
Com o Renascimento, o homem foi guindado para o centro das preocupações e ele próprio se esforça por tentar descobrir e desvendar o mundo que o rodeia. Estabelece-se uma nova relação entre os homens, a natureza e as questões religiosas. Talvez as coisas não ocorressem somente "graças a Deus": muitas ocorriam ou poderiam ocorrer graças à aplicação e determinação do homem resolver os problemas que a vida lhe representava. Desde então, uma verdadeira revolução viria a se operar na história da humanidade.
Veja também: O humanismo e o homem renascentista
fonte: apostolas ETAPA
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