Matéria da Secom sobre a mesa de abertura da pré- Estatuinte. O Congresso Estatuinte é importantíssimo para o futuro da UnB. É a chance de mudarmos as regras para que a UnB funciona cada vez melhor e mais democraticamente!
O CAVIS está fazendo parte desse debate E convida todos os estudantes a participarem! Fiquem de olho para novas atividades!
Democratização do acesso, distribuição de poder e fundações vão nortear debates
Professores, estudantes e servidores levantaram os temas que devem ser prioridade nas dicussões sobre o novo estatuto da UnB
João Campos - Da Secretaria de Comunicação da UnB
Democratizar o acesso, distribuir o poder hoje concentrado na administração e nos professores, criar uma estrutura acadêmica que priorize a multidisciplinaridade e as peculiaridades de cada campus e definir a relação da Universidade de Brasília com as fundações de apoio estão entre os temas que devem nortear o II Congresso Estatuinte da UnB. Os temas foram levantados por estudantes, servidores e professores na mesa redonda Que UnB queremos?, nesta quinta-feira, no auditório Joaquim Nabuco (FA).
Para o professor Sadi Dal Rosso, o norte dos debates passará pela relação entre a UnB e as fundações de apoio. ?Essa é uma questão nova e polêmica?, comentou o sociólogo, destacando que, por lei, essas fundações já fazem parte da vida universitária. ?Precisamos debater o papel da Fundação Universidade de Brasília, que acabou se perdendo ao longo do tempo?, acredita.
Alexandra Martins/UnB Agência |
Para o professor Sadi dal Rosso é preciso debater o papel das fundações de apoio |
A distribuição do poder dentro da universidade, tema que dominou os debates do congresso de 1988, também deve esquentar as discussões na nova estatuinte, prevista para 2011. A paridade, proposta defendida pelos estudantes, deve ser o cerne da questão. ?Hoje todos os segmentos falam, mas nem todos conseguem ser ouvidos?, comentou o estudante de Ciências Sociais Thiago Marinho, em referência ao maior poder de voto dos professores em relação aos demais segmentos.
Apesar da relevância do debate sobre o poder dentro da UnB, foi consenso entre os debatedores que o tema não pode ofuscar outros assuntos de alta importância. Entre eles, a reestruturação da organização acadêmica, hoje basicamente dividida em institutos, faculdades e departamentos. ?Essa estrutura comporta a demanda da interação entre as disciplinas, um tema que precisa ser considerado?, provocou a professora de Ciência Política Marisa Von Bulow, representante discente no I Congresso Estatuinte.
Alexandra Martins/UnB Agência |
Professora Marisa destacou que estrutura acadêmica precisa promover interação |
O fim do vestibular também entrou na pauta do debate. ?Qualidade está no investimento em professores e técnicos. Hoje a forma de ingresso é altamente excludente?, disse Edmilson Lima, diretor da Coordenadoria de Segurança Patrimonial. O ex-reitor Antônio Ibañez reforçou a importância de colocar a democratização do acesso como ponto estratégico para um novo Estatuto. ?Hoje os estudantes de escolas públicas estão excluídos do ciclo de profissionais que chegam ao topo de uma carreira?, comentou. ?É preciso oferecer mais vagas, encontrar formas de incluir essa parcela?.
APRENDIZADO ? Vinte e dois anos se passaram desde o primeiro Congresso Estatuinte da UnB, em 1988. Nesse período muita coisa mudou. Para o reitor José Geraldo de Sousa Junior, incluir a UnB no contexto dessas mudanças deve ser o ponto de partida para os debates. ?Hoje temos uma universidade multicampi, um novo contexto político e paradigmas ambientais que precisam ser valorizados e incluídos na política universitária?, exemplificou o professor.
Alexandra Martins/UnB Agência |
Reitor José Geraldo ressaltou que debate deve ser pautado no novo contexto da UnB |
A Comissão Preparatória, aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni), deve apresentar propostas de eixos temáticos e de formas de eleições dos delegados até o fevereiro. A professora Izabela Brochado, diretora do Instituto de Artes (IdA) e membro da comissão destaca a importância da participação da comunidade nos diversos eventos que ainda serão realizados. ?É fundamental que este seja um processo democrático e construído coletivamente desde o seu princípio?.
Durante o debate, estudantes do Centro Acadêmico de Artes Visuais pintaram um painel inspirados na paridade entre os segmentos ? professores, alunos e servidores. A obra colorida vai ficar exposta no campus.
http://www.unb.br/noticias/