Depois da Guerra dos Seis Dias, israelenses e árabes voltaram a se enfrentar diversas vezes. Uma nova guerra começou em 6 de outubro de 1973, no feriado judaico do Yom Kippur (Dia do Perdão), quando tropas egípcias e sírias atacaram a península do Sinai e as colinas de Golã. Depois de 19 dias de luta, as tropas foram repelidas.
As disputas entre o Egito e Israel foram parcialmente resolvidas com os acordos de Camp David (1978/1979). Nesses acordos, assinados nos EUA pelo presidente egípcio Anwar Al Sadat e pelo primeiro-ministro israelense Menachem Begin, os israelenses concordaram em devolver a península do Sinai ao Egito e permitir a organização política dos palestinos que viviam na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Sadat foi considerado traidor por negociar com os israelenses e assassinado em 1981.
Anwar Al Sadat.
Em 1987, eclodiu a rebelião palestina conhecida como Intifada ('revolta das pedras', em português), nome que lembra as pedras atiradas pelos palestinos contra os soldados israelenses na Faixa de Gaza. No ano seguinte, a OLP proclamou a criação do Estado Palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, regiões que permaneceram sob controle militar israelense.
Em 1993 e 1994, o governante palestino, Yasser Arafat, e o israelense Yitzhak Rabin, assinaram os acordos de Oslo. Neles, ambos os lados reconheceram a legitimidade dos dois governos, e os israelenses se comprometeram a retirar suas tropas dos territórios palestinos.
Yasser Arafat
Na prática, esses acordos deram pouco resultado, pois os israelenses não cumpriram sua parte, ou seja não retiraram suas tropas dos territórios palestinos, além disso, continuaram construindo casas nesses territórios.
Em 2005, o governo de Israel decidiu retirar os moradores israelenses da Faixa de Gaza. Muitos deles se instalaram no território palestino da Cisjordânia, onde vivem cerca de 250 mil israelenses.
As diferenças entre os dois lados são difíceis de superar. A líder política israelense Golda Meir participou das negociações para a retirada de Israel das áreas invadidas em 1956.
Veja comentário de Golda Meir sobre sua participação nas negociações.
Trecho do livro "Minha Vida", de Golda Meir (1975) Houve naquele período muitos dias em que quis fugir, voltar correndo a Israel e deixar outro persistindo com [...] Henry Cabot Lodge, o chefe da delegação americana nas Nações Unidas. [...] Mas fiquei onde estava, tentei engolir minha amargura e sensação de traição, e em fins de fevereiro chegamos a uma espécie de acordo. Nossos últimos soldados sairiam da Faixa de Gaza e de Sharm el-Sheikh em troca da suposição de que as Nações Unidas garantiriam o direito de livre passagem a navios israelenses pelo estreito de Tiran e de que não seria permitido o retorno de soldados egípcios à Faixa de Gaza. [...] A 3 de março de 1957, [...] proferi nossa declaração final. [...] Mas tão logo me sentei, Henry Cabot Lodge se levantou. Para meu espanto, ouvi-o tranqüilizar as Nações Unidas que, embora os direitos de livre passagem para todas as nações através do estreito de Tiran viessem a ser de fato salvaguardados, o futuro da Faixa de Gaza teria de ser elaborado [...]. Talvez naquele dia nem todos nas Nações Unidas compreenderam o que Cabot Lodge estava dizendo, mas nós compreendemos bem demais. O Departamento de Estado [dos EUA] havia ganho sua batalha contra nós, e o governo militar egípcio [...] iria retornar a Gaza. MEIR, Golda. Minha vida. Rio de Janeiro: Bloch, 1976, p.232-3. |
CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.
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