Todos os setores progressistas da sociedade americana ficaram bastante entusiasmados com a vitória de Clinton sobre Bush em 1992.
William Jefferson Clinton, 42º Presidente dos Estados Unidos da América.
William Jefferson Clinton (Bill Clinton)
Clinton procurou moldar sua imagem à semelhança do mais popular dos presidentes norte-americanos: Franklin Delano Roosevelt (32º presidente dos EUA). Para demonstrar suas convicções democráticas, pôs fim ao embargo econômico de dezenove anos imposto ao Vietnã. O clima dos primeiros momentos de seu governo sugeria o início de uma nova era de prosperidade. A economia americana estava em fase de recuperação desde fins de 1992, inclusive com uma ligeira queda do desemprego. Além do mais, a sorte sorria ao presidente, já que as economias japonesa e européia apresentavam baixas taxas de crescimento, favorecendo uma reversão no crônico déficit da balança comercial americana. Se a tendência dos anos anteriores era de recessão e prejuízos, agora os lucros estavam de volta. O Produto Interno Bruto (PIB), na casa dos 3,6%, juntamente com a queda na taxa de desemprego para 4,2%, eram, em 1999, números indicativos da firme expansão econômica.
A política externa de Clinton
A política externa de Bill Clinton marcou um ponto positivo com a aprovação do Acordo Norte-Americano de Livre Comércio entre o Canadá, Estados Unidos e México (Nafta).
Mas o adiamento da prometida ocupação do Haiti, que só ocorreu em setembro de 1994, foi um ponto negativo. Talvez tenha sido a primeira invasão dos mariners que contou com o apoio das camadas pobres do país invadido. A intervenção destinava-se a derrubar os militares que haviam deposto o presidente eleito, Jean Bertrand Aristide. A imagem dos Estados Unidos melhorou bastante com a intervenção. No entanto a situação do Haiti continuava instável. No início de 2004 o presidente haitiano foi deposto.
Em relação ao Oriente Médio, Clinton promoveu, em Oslo, um acordo entre israelenses e palestinos, em 1993.
Dois anos depois ele conseguiu pôr fim à Guerra da Bósnia, um dos conflitos que ensangüentaram a antiga Iugoslávia.
A morte do presidente Tito, líder político que emergiu na luta contra a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial, e posteriormente a derrocada do regime socialista na Iugoslávia desencadearam, a partir de 1991, o início de um processo de desagregação política do país. Vieram à tona antigas rivalidades étnicas, religiosas e políticas. Nem mesmo as intervenções militares da ONU e depois da Otan conseguiram evitar massacres, os campos de concentração, as migrações forçadas e os projetos racistas de limpeza étnica.
Depois de cerca de quatro anos de guerra, que deixou um saldo de mais de 250.000 mortos e cerca de 3 milhões de refugiados, a ex-Iugoslávia estava fragmentada politicamente. As repúblicas da Bósnia-Hezergovina, da Croácia, da Macedônia e da Eslovênia tornaram-se países soberanos. A nova Iugoslávia passou a ser composta apenas pela Sérvia e por Montenegro.
Em 1998 teve início uma nova guerra. Kosovo, situado ao sul da nova Iugoslávia e com uma população composta majoritariamente de albaneses, também pretendia a independência política. No confronto entre o Exército de Libertação de Kosovo e o Exército iugoslavo, repetiram-se as atrocidades entre etnias, com violações sistemáticas dos direitos mais elementares. O conflito produziu um número de refugiados kosovares difícil de calcular, mas que certamente ultrapassa meio milhão.
Slobodam Milosevic, o presidente iugoslavo, perdeu as eleições, deixou o poder e ainda teve de enfrentar um tribunal internacional, acusado de crimes contra a humanidade. No início de 2003, o Parlamento iugoslavo aprovou a extinção da República Federal da Sérvia e a Constituição do Estado da Sérvia e de Montenegro.
O governo Clinton amargou uma pesada derrota nas eleições parlamentares de novembro de 1994. Os republicanos conquistaram a maioria, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados, além de importantes governos estaduais. Foi essa maioria republicana que aproveitou um caso amoroso de Clinton com uma estagiária da casa Branca, Monica Lewinsky, para tentar um impeachment contra o presidente.
Para a eleição de 2000, o candidato favorito era o democrata Al Gore. Mas o republicano George W. Bush (filho do presidente Bush) foi escolhido presidente numa das mais duvidosas eleições da história da democracia norte-americana.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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