Hitler apostava numa diplomacia mais agressiva, e a atitude dos líderes ocidentais auxiliou-o bastante. Enquanto dizia em seus discursos que a Alemanha queria a paz, preparava as forças armadas alemãs para a guerra e as anexações. Assim conseguiu ocupar sem reação a Renânia, anexar a Áustria e a Tchecoslováquia.
Em 1939, Hitler convocou o embaixador polonês para falar das pretensões alemãs. Dantzig deveria voltar a fazer parte da Alemanha; os alemães teriam o direito de construir, através do corredor polonês, estradas ligando a Prússia Oriental ao resto da Alemanha. Essas exigências fizeram com que a França e a Inglaterra dessem garantias à Polônia de que iriam à guerra se esta fosse atacada.
Mas a região sul, antiga Tchecoslováquia, estava nas mãos da Alemanha, fato que facilitaria uma ação armada contra a Polônia. Garantido pelo pacto de não-agressão com a União Soviética, Hitler se sentiu seguro a ponto de invadir a Polônia em 1º de Setembro de 1939. A Inglaterra e a França enviaram um ultimato à Alemanha para que retirasse suas forças do território polonês imediatamente. Hitler não respondeu, e, no dia 3 de setembro de 1939 esses dois países declararam guerra à Alemanha.
A União Soviética ocupou uma parte da Polônia e a Alemanha ocupou o restante do território. No final de setembro de 1939, o país estava totalmente submetido.
Apesar do acordo, a Inglaterra e a França não enviaram nem um soldado para ajudar os poloneses.
A nova ordem imposta ao país por Hans Frank, governador do Reich na Polônia, submeteu completamente a população, determinando até o fechamento das escolas, pois "toda pessoa instruída é um futuro inimigo".
Toda população polonesa judia sofreu barbaramente sob o domínio nazista. Foi confinada em guetos e mais tarde exterminada em campos de concentração.
Enquanto isso, a União Soviética invadia a Finlândia, país que se achava na área de influência da Alemanha. Os finlandeses resistiram tenazmente, mas, mesmo assim, Stalin conseguiu deslocar a fronteira finlandesa a centenas de quilômetros de Leningrado.
A conquista da Dinamarca e da Noruega
Para continuar o desenvolvimento das atividades bélicas, a Alemanha precisava de matérias-primas básicas, como ferro e petróleo. O bloqueio naval britânico impedia que elas chegassem pelo Ocidente. Para garantir esse fornecimento, e também para ter bases para uma futura invasão da Inglaterra, Hitler iniciou a conquista da Dinamarca e da Noruega.
Em abril de 1940, uma ação conjunta da Luftwaffe (aviação), da marinha e do exército alemães dominou rapidamente a Dinamarca. Em maio de 1940, foi a vez da Noruega. Os ingleses chegaram a enviar tropas, mas foi inútil.
A invasão da Holanda e da Bélgica
Hitler executou o mesmo plano que não dera certo na Primeira Guerra Mundial: tomou a Bélgica e a Holanda, formando uma "ponte" para a invasão da França. Com isso os exércitos francês e inglês entraram, pela primeira vez, em choque direto com as forças nazistas.
Os dois exércitos foram encurralados entre as forças alemãs e o mar. Para salva-los, foi efetivada a famosa retirada de Dunquerque (Bélgica). Centenas de barcos conseguiram levar para a Inglaterra milhares de soldados.
Em 26 de maio, a Bélgica e a Holanda já estavam nas mãos dos nazistas, o que ameaçava diretamente a Inglaterra. Chamberlain, o ministro do apaziguamento, foi substituído pelo combativo Winston Churchill.
A queda da França
A invasão da França pelos alemães foi uma continuação da tomada da Bélgica e da Holanda. Os franceses não tinham forças de reserva, e a famosa Linha Maginot não resistiu aos tanques nazistas. No dia 14 de junho, às tropas alemãs marcharam pelos bulevares parisienses com a bandeira da suástica tremulando na torre Eiffel.
Hitler passeia por Paris, acompanhado por autoridades alemãs, depois de suas tropas invadirem a cidade.
A França foi dividida em duas regiões: o Norte, com o domínio direto da Alemanha, e o Sul, sob o governo pró-nazista do marechal Pétain e de Pierre Laval, com capital em Vicky.
Após a queda da França, a Inglaterra estava isolada em sua luta contra a Alemanha. Hitler iniciou os ataques contra a Inglaterra, através de uma operação conjunta da Marinha e da Luftwaffe. Mas a Real Força Aérea (RAF) venceu a aviação alemã, destruindo grande parte dos seus aviões.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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