A abolição formal da escravidão foi decretada no Brasil em maio de 1888. A Constituição brasileira, por sua vez, assegura igualdade jurídica entre todas as pessoas, não importa a cor de sua pele. Apesar disso, a população afrodescendente do Brasil continua a sofrer com o preconceito em diversos níveis e formas, desde a construção de um padrão de beleza europeia e branca até o desrespeito às tradições africanas. Além disso há entre brancos e afrodescendentes profundas desigualdades econômicas e sociais.
Nas universidades públicas brasileiras, apesar de atualmente existir um sistema de cotas para negros e índios, o número de brancos matriculados é esmagadoramente superior ao de negros.
imagem: Bayeux em Foco
Diversos grupos de negros lutam contra a discriminação racial e pela afirmação dos direitos da população negra em geral. Uma de suas bandeiras é o resgate das tradições africanas, que, por muito tempo, foram tratadas com desrespeito ou como práticas ilegais. Entre os grupos mais ativos de afirmação negra, destacam-se o Movimento Negro Unificado (MNU), o fórum Nacional de Mulheres Negras, a União dos Negros pela Igualdade (Unegro) e a Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).
Fundação Cultural dos Palmares
Em resposta às demandas do movimento negro, em 1988 foi criada a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura. Trata-se de uma instituição que tem por finalidade promover a preservação dos valores culturais que a presença africana e afrodescendente imprimiu à formação da sociedade brasileira. Incorporando em sua agenda política a discussão racial, o governo Lula criou a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, com status de ministério, que procura ser um instrumento oficial na luta pela afirmação e inserção da população afrodescendente na sociedade brasileira.
Nelson Piletti. Claudino Piletti. Thiago Tremonte. ensino fundamental.
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