Inglaterra e França: crise das potências européias
Após a Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra encontrava-se endividada e com profundas dificuldades em manter o seu império colonial. Internamente estava agitada por reivindicações e greves dos trabalhadores.
Em 1918, por exemplo, uma paralisação geral mobilizou cerca de 2 milhões de trabalhadores. Foi nessa época que o Partido Trabalhista começou a crescer. Tanto assim que nas eleições de 1932 os trabalhistas obtiveram, pela primeira vez, esmagadora maioria, constituindo o governo. Entretanto, esse governo trabalhista não impediu que a crise continuasse a se manifestar.
Em 1935, o governo voltou para as mãos dos conservadores, que iniciaram uma política de apaziguamento no plano internacional. O governo inglês passou a permitir que a Alemanha violasse o Tratado de Versalhes, principalmente no que dizia respeito à retomada de territórios. Essa política se acentuou no governo de Neville (1937-1940), que, empurrou o mundo em direção à Segunda Guerra Mundial.
A França também saiu profundamente abalada da Primeira Guerra Mundial: 1 milhão e 400 mil mortos e dívidas enormes com a Inglaterra e os Estados Unidos.
Sob a influência da revolução Socialista Russa, os operários e soldados franceses agitaram a nação. Para o governo, a única culpada da situação de crise em que o país se encontrava era a Alemanha, que "deveria pagar tudo".
Em 1923, o governo decidiu invadir a região alemã da bacia do Ruhr, como forma de obrigar o pagamento das reparações de guerra, pois a Alemanha não estava conseguindo cumpri-lo.
Diante de uma grande pressão popular, realizaram-se novas eleições na França, vencidas pela esquerda liberal, que ordenou a imediata evacuação da bacia do Ruhr.
Além das crises internas, a França também tinha problemas com suas colônias, que lutavam pela independência. Para agravar a situação, a crise do capitalismo, iniciada nos Estados Unidos em 1929, atingiu a França em 1931.
Diante de uma tentativa de golpe fascista, em 1934, o Partido Comunista aliou-se ao Partido Socialista e aos radicais de esquerda, formando a Frente Popular antifascista. Nas eleições de 1936, a Frente Popular venceu, tendo a maioria dos deputados no Parlamento.
O governo da Frente Popular durou até 1937.
Até abril de 1938, sucederam-se vários governos, quando subiu ao poder o conservador Daladier. No nível interacional, foi esse governo que se curvou diante das pressões da Alemanha nazista e assinou o Acordo de Munique, em setembro de 1938, abrindo caminho para a Segunda Guerra Mundial.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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