Preponderância Francesa na Europa - Guerra dos Trinta Anos (Parte II)
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Preponderância Francesa na Europa - Guerra dos Trinta Anos (Parte II)


A Guerra na Alemanha  (1620-1625)

Ferdinando II, que não tinha um exército organizado, apelou para Maximiliano da Baviera, que deu ordens para que seu exército marchasse contra os tchecos. Os tchecos foram derrotados em Montanha  Branca em 1620 e Frederico fugiu. Aproveitando-se da vitória, Ferdinando II iniciou uma séria repressão. Todas as liberdades do Reino da Boêmia foram abolidas. A Coroa até então eletiva foi declarada hereditária na família Habsburgo. Os chefes da revolta foram decapitados, os bens dos nobres rebeldes foram confiscados e o protestantismo foi proibido. Muitos tchecos emigraram, e o país de dois milhões e meio de habitantes passou para um milhão. Frederico V, refugiado no Platinado, foi perseguido e derrotado. O imperador recompensa os serviços prestados por Maximiliano: declara-o eleitor do Palatinado (1623). Essa decisão, sem consulta aos demais eleitores do Império, foi considerada um golpe contra os protestantes. Sentindo-se em perigo, estes solicitam ajuda a outro eleitor do Império que era protestante, e também rei da Dinamarca, Cristiano IV. A intervenção do rei da Dinamarca transformou a guerra alemã em guerra européia (1625).

A Dinamarca e a Suécia na Guerra (1629-1634)

Cristiano IV foi derrotado pelas tropas imperiais e obrigado a assinar a Paz de Lubeck em 1629, comprometendo-se a não mais interferir nos assuntos alemães. Ferdinando II, envolvido nesse clima de vitórias, antes mesmo da assinatura da paz com a Dinamarca, promulga o Edito de Restituição, segundo o qual os protestantes deveriam restituir todos os bens da Igreja Católica que haviam sido confiscados desde 1555; dois arcebispados (Magdeburgo e Bremem), doze bispados e mais de cento e vinte abadias. Ferdinando pretendia também que a dignidade imperial deixasse de ser eletiva para ser hereditária na família Habsburgo, como havia feito na Boêmia. Tais intenções colocavam em perigo o equilíbrio de forças na Europa. A França e a Suécia vetam os projetos dos Habsburgos. Sugerem que os príncipes alemães não reconheçam como herdeiro da Coroa imperial o filho de Ferdinando II. (Dieta de Ratisbona, 1630). O rei Gustavo Adolfo da Suécia resolve interferir militarmente na questão. A campanha militar de Gustavo Adolfo na Alemanha durou um ano (1631-1632), e bateu todos os exércitos imperiais. Gustavo Adolfo morre em combate em 1632, interrompendo o avanço sueco em 1634. Ferdinando II sentia-se novamente senhor da situação. Entretanto, a França lança-se à guerra contra o imperador.

A França na Guerra (1624-1640)

Até 1624, a diplomacia francesa tinha-se mostrado favorável aos Habsburgos - Luís XIII e sua irmã haviam se casado com os filhos do rei da Espanha, Filipe III. Mas Richilieu, ao assumir posição no governo em 1624, sentia o perigo que representavam os Habsburgos na Espanha, ao sul, e no Império, a oeste. Apesar de católico, como imperador, colocava a razão de Estado acima da religião. Richilieu assinou tratados de aliança com a Suécia, a Dinamarca, os Países Baixos e, em 1635, rompeu com o rei da Espanha, Filipe IV. Até 1639, as armas francesas não foram bem-sucedidas, mas a partir de 1640 a situação começa a mudar. O rei da Espanha se viu à volta com duas revoltas em seu território (Catalunha e Portugal, em 1640). Além disso, ocorrera mudança no trono imperial. Os franceses e seus aliados vencem as tropas imperiais e são encaminhadas negociações de paz.

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