A Revolução Russa, ocorrida em 1917, deixou o mundo abalado. Pela primeira vez tentava-se estabelecer um tipo de governo onde os trabalhadores teriam participação. Os líderes do novo Estado tinham plena convicção de que estava nascendo a sociedade socialista, onde as diferenças entre as classes sociais deveriam desaparecer. Era o nascimento de um novo modo de produção, que substituía o capitalismo.
Esse novo sistema se definia pela propriedade coletiva dos bens de produção. O representante da coletividade seria o Estado, que, por isso, era proprietário das fábricas, das terras, das máquinas etc. Aos indivíduos ficava a propriedade dos bens de consumo, isto é, as roupas, os objetos de utilidade doméstica. Esse sistema era contrário ao capitalismo, caracterizado pela propriedade privada.
E, enquanto o socialismo da jovem União Soviética lutava para sobreviver, inaugurando uma nova era na história, o mundo capitalista começava a mergulhar na maior crise de que se tinha notícia desde seu nascimento. No entanto, a formação de uma poderosa burocracia na União Soviética distorceu o projeto de uma sociedade socialista. O controle da produção e, logicamente, do Estado que nunca foi entregue aos trabalhadores, conforme estava na teoria marxista revolucionária. Essa contradição pode ser considerada um dos fatores essenciais da crise e da derrocada do denominado " socialismo real".
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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