No começo do século XX, a Indochina (região do Sudeste da Ásia), onde hoje estão o Vietnã, o Laos e o Camboja) era colônia da França. Ocupada pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, após o conflito a região voltou ao domínio francês. No norte do Vietnã, porém, um movimento de libertação, sob o comando do comunista Ho Chi Minh (1890-1969) expulsou os colonialistas franceses em 1954.
Derrotados, os franceses aceitaram negociar a paz na Conferência de Genebra, na qual reconheceram a independência do Laos e do Camboja. Quanto ao Vietnã, a solução encontrada daria origem a uma nova guerra. Seu território foi dividido em dois países independentes: o Vietnã do Norte, socialista, e o Vietnã do Sul, capitalista.
Kim Phuc, menina de 9 anos, em bombardeio no Napalm, 1972, foto de Nick Ut
A Conferência de Genebra previa eleições gerais para que a população dos dois Vietnãs decidisse se o país deveria ser reunificado ou não. Em outubro de 1955, porém, o governo do Vietnã do Sul, apoiado pelo governo dos Estados Unidos, cancelou as eleições. Ambos temiam que o comunista Ho Chi Minh se sagrasse vencedor.
Indignados com o cancelamento das eleições, muitos opositores ao governo do Vietnã do Sul começaram a organizar grupos guerrilheiros. Os combates entre o exército sul-vietnamita e esses grupos tiveram início em 1957. Eram ainda confrontos esporádicos. Em 1959, os grupos guerrilheiros já eram fortes o bastante para ampliar o conflito. Era o começo da Guerra do Vietnã (1959-1975).
Organizados na Frente de Libertação Nacional, os guerrilheiros, conhecidos como vietcongues, passaram a contar com o apoio do governo do Vietnã do Norte. Em contrapartida, o governo dos Estados Unidos prestava assistência em homens e armas ao Vietnã do Sul. Em 1962, havia 10 mil militares norte-americanos envolvidos na Guerra do Vietnã. Em 1965, esse número chegava a 500 mil soldados norte-americanos combatendo no Vietnã.
As imagens da guerra transmitidas pela televisão, mostrando a morte de soldados norte-americanos, exerceram forte influência na opinião pública dos Estados Unidos. A maioria da população passou a pedir o fim da guerra. Ao mesmo tempo, milhares de jovens norte-americanos deixavam o país para escapar do serviço militar.
Os Estados Unidos despejaram no Vietnã mais bombas do que foram lançadas na Segunda Guerra Mundial. Mesmo assim, os vietcongues conseguiram resistir e vencer o conflito. Em 1975, com a invasão da capital do Vietnã do Sul, Saigon (atual Ho Chi Minh), pelos vietnamitas do norte e pelos vietcongues, os últimos norte-americanos deixaram o país.
Cerca de 58 mil norte-americanos morreram no Vietnã. Muitos outros ficaram feridos ou mutilados. Quanto ao Vietnã, as perdas foram imensas: cerca de 3 milhões de baixas, entre soldados e pessoas da população civil.
Nelson Piletti.Claudino Piletti. História e vida integrada. ensino fundamental.
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