"Dividir para governar", esse era o lema adotado pelas potências imperialistas na conquista das terras africanas. Assim, a política dessas potências se orientou no sentido de acirrar as disputas tradicionais entre as diversas etnias africanas.
Depois da Segunda Guerra, as mudanças atingiram também a forma de pensar dos povos coloniais, criando uma nova consciência, que superou em parte os limites estreitos da tradicional rivalidade étnica. Com muita dificuldade, foi tomando corpo uma idéia que daria novo fôlego à resistência africana: era a consciência nacional. A partir daí, a resistência ao invasor não era mais uma questão a ser resolvida isoladamente por cada etnia, mas era a causa comum que unia todo um povo submetido ao mesmo colonizador.
Por outro lado, as novas nações surgidas após a descolonização enfrentaram problemas para promover o desenvolvimento econômico. As heranças deixadas pelo colonialismo representadas tanto por uma economia dependente, exportadora de matéria-prima e importadora de gêneros de primeira necessidade como pelo baixo nível de qualificação técnica de suas populações, atravancaram a maioria dos projetos de modernização. Além disso, a política de "ajuda econômica", adotada pelas antigas potências coloniais, tendia a perpetuar a dependência através do endividamento, mantendo esses países subordinados aos interesses das antigas metrópoles.
Em 1960, nada menos que dezessete países africanos tornaram-se independentes. Por essa razão, esse ano ficou conhecido como o "Ano Africano". Nos anos seguintes, outras colônias conquistaram a independência e, até 1964, 23 países haviam-se libertado da tutela européia.
fonte: Adaptado de SERRYN, Pierre & BLASSELLE, René. Géographique et Historique, Paris, Bordas, 1993
A África Inglesa
Prevendo a impossibilidade de manter indefinidamente seu império colonial, o governo britânico, após a Segunda Guerra, optou por ceder às pressões pela autonomia de suas colônias. Evitou, porém, a ruptura dos laços econômicos. A Inglaterra integrou as nações independentes na Commonwealth, criada para essa finalidade no período entre guerras.
Assim, a Grã-Bretanha foi, sucessivamente, reconhecendo a independência de suas colônias africanas. Isso se deu entre 1957 e 1965.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
Assine nosso feed. Receba por e-mail. Obrigado pela visita e volte sempre!