Calcula-se que entre 1550 e 1850, ano da abolição do tráfico, entraram no Brasil cerca de quatro milhões de escravos africanos. Quanto à sua origem, dividiam-se em três grandes grupos: sudaneses, guineanos-sudaneses muçulmanos e bantus. Os sudaneses eram originários de regiões que atualmente correspondem à Nigéria, Daomei e Costa do Ouro, dividindo-se em subgrupos como os iorubás, gegês, fanti-ashantis. Os guineanos-sudaneses muçulmanos, também das mesmas regiões, mas convertidos à fé islâmica, eram representados pelos grupos fula, mandinga, haussas e tapas. Os bantus, provenientes do centro-sul da África de regiões que correspondem atualmente a Angola, Zaire e Moçambique, dividiam-se em dois subgrupos: angola-congoleses e moçambiques. Os sudaneses ficaram principalmente na Bahia. Dentre os sudaneses, os iorubás na Bahia foram chamados de nagôs e deve-se a eles a matriz das religiões afro-brasileiras de culto aos deuses, que chamam de orixás. Além da religião, os iorubás influenciaram muito outros setores . A vestimenta típica das baianas é de origem iorubá, e o mesmo em relação à típica culinária baiana. Os bantus, mais numerosos, ficaram no Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo.
Escravas africanas
As necessidades econômicas, sobretudo as da produção de açúcar, provocaram a intensificação da escravidão africana no Brasil. Por essa razão, o litoral do Nordeste possui uma grande densidade de população negra e mestiça, além de numerosas contribuições africanas na culinária, na música e na religião.
fonte: Apostilas ETAPA
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