Transformações urbanas e sociais no Brasil de D. Pedro II
Artes Plásticas

Transformações urbanas e sociais no Brasil de D. Pedro II


Apesar de a economia brasileira ser dependente e controlada pelos banqueiros ingleses, as exportações dos produtos agrícolas proporcionavam certas atividades paralelas e subsidiárias, concentradas nos centros urbanos.

Os centros urbanos mais notáveis eram o Rio de Janeiro, capital do Império, e São Paulo, capital do café, o produto que contribuía com a maior parte das nossas exportações. Mesmo assim, somente a cidade do Rio de Janeiro poderia ser comparada, de longe, com alguma capital européia. Possuía, desde 1854, iluminação a gás nas ruas. Havia na capital do Império uma população de profissionais liberais, comerciários e militares que davam uma vida mais dinâmica à cidade. Em 1883, a população do Rio de Janeiro era de cerca de 400 mil pessoas.

São Paulo não possuía o mesmo brilhantismo da capital do Império, mas também tinha uma vida dinâmica, ligada ao surto do café. Apesar de não ter rede de esgotos e só em 1872 possuir iluminação a gás, em algumas ruas, São Paulo cresceu e se modernizou. A cidade era atendida por serviços de carruagem e de bonde à tração animal.

Um grande incremento às atividades culturais aconteceu em 1883, com a inauguração do Teatro São José, onde a burguesia paulista podia apreciar espetáculos com artistas internacionais.

Novas atividades econômicas surgiam nas cidades, criando novas camadas sociais, independentes da sociedade agrária. Operários de uma incipiente (iniciante) industrialização, comerciantes, uma burocracia ligada ao Estado e artesãos. Surgia aos poucos uma pequena burguesia nos centros urbanos do país.

Essa nova camada fazia concorrência aos filhos da aristocracia do café: a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na cidade de São Paulo, por exemplo, já era freqüentada por jovens das novas camadas urbanas. O mesmo pode-se dizer das escolas militares, principalmente depois da guerra contra o Paraguai. Os sinais de mudança tornavam-se cada vez mais evidentes.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

Assine nosso feed. Receba por e-mail. Obrigado pela visita e volte sempre!

 




loading...

- Industrialização No Brasil
O processo de industrialização no Brasil está diretamente ligado à acumulação de capital vindo da lavoura do café. A introdução da mão-de-obra assalariada, e a conseqüente extinção da mão-de-obra escrava, na lavoura cafeeira foi o passo...

- Rodrigues Alves - Transformações E Crise
Até a década de 1920, a República Velha, como ficou conhecido o período até a Revolução de 1930, sofreu transformações. No entanto, suas estruturas básicas pareciam permanecer inalteradas. Quando o paulista Rodrigues Alves tomou posse como o...

- A Primeira República Brasileira
Com o descrédito das instituições imperiais, a proclamação da República parecia ser uma questão de tempo. A abolição havia criado um descontentamento entre os grandes proprietários escravistas, que antes eram o principal apoio da monarquia,...

- Modernização E Contradições No Segundo Reinado
Na segunda metade do século XIX, os grandes cafezais da região do vale do rio Paraíba começaram a entrar em decadência. O solo estava esgotado pela exploração indiscriminada. Além disso, a proibição do tráfico negreiro provocou a alta do preço...

- Cafeícultura Do Segundo Reinado
Não se sabe exatamente quando o café foi introduzido no Brasil. A tradição meio lendária fixa o ano de 1727, quando Melo Palheta teria introduzido a primeira muda no norte da colônia. Na Europa, o café já era conhecido como vegetal medicinal,...



Artes Plásticas








.