O governo George Bush
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O governo George Bush


George Herbert Walker Bush 41º Presidente dos Estados Unidos da América.

 

George Bush

 

Ex-diretor da CIA, a agência de espionagem americana, e depois vice-presidente, Bush deu continuidade à política de Reagan. Enfrentou o déficit do orçamento cortando programas armamentistas, tornados desnecessários em conseqüência dos acordos com a União Soviética. O seu conservadorismo no plano interno se refletiu em suas tentativas de vetar as leis do aborto e do salário mínimo.

No plano externo, Bush teve várias reuniões de cúpula com os líderes soviéticos e concluiu importantes acordos, que puseram fim a décadas de tensão entre as duas grandes potências.

No entanto, os Estados Unidos não abandonaram sua política intervencionista. Em dezembro de 1989, forças americanas invadiram o Panamá e depuseram o presidente, general Noriega, acusado de envolvimento com o narcotráfico.

Em janeiro de 1991, os Estados Unidos, liderando uma força multinacional, atacaram o Iraque, na chamada operação Tempestade no Deserto ou Guerra do Golfo. O Iraque havia invadido o Kuwait, em agosto de 1990. Segundo os iraquianos, o país seria originalmente uma província do Iraque. O fato é que essa invasão ameaçava também a Arábia Saudita, um dos maiores produtores de petróleo do mundo e aliado dos Estados Unidos. As grandes companhias petrolíferas e os interesses norte-americanos estavam ameaçados. O presidente Bush, contando com a imobilidade da União Soviética, envolvida em graves problemas internos, conseguiu o apoio da maioria das nações da ONU para a invasão do Iraque. Ajudado por uma intensa campanha televisiva, que mostrava a superioridade técnica das forças militares norte-americanas, batendo facilmente os iraquianos, Bush transformou-se momentaneamente num herói: recuperou o orgulho nacional, abalado desde a derrota dos Estados Unidos no Vietnã, em 1975.

Em 1991, os Estados Unidos enviaram soldados à Somália para combater o que eles chamaram de "regime de terror" dos guerrilheiros muçulmanos. A intervenção na Somália foi um grande fracasso: vários soldados americanos mortos e resultado político nulo.

Ao mesmo tempo, a situação social e econômica dos Estados Unidos continuou a piorar. A General Motors, por exemplo, considerada a maior corporação do mundo, anunciou um programa de fechamento de diversas filiais pelo país com o objetivo de diminuir seus prejuízos. Cresceu o número de pobres, e a tensão racial aumentou. Nos últimos dias de abril de 1992, essa tensão chegou a um ponto crítico, Los Angeles foi abalada por uma rebelião sem precedentes, que causou a destruição de centenas de prédios. Não se sabe o número de vítimas. O prejuízo provocado pelos saques e pelos incêndios chegou a quase 1 bilhão de dólares. Gangues de Los Angeles se apossaram de grandes quantidades de armas e munições. A rebelião começou quando alguns policiais, que estavam sendo julgados pela agressão a um homem negro, foram considerados inocentes. Talvez a melhor análise da situação foi a que fez o presidente francês François Miterrand:

É muito interessante promover o lucro e os investimentos dos grandes negócios, mas as rebeliões de Los Angeles mostram que o lado social não pode ser negligenciado numa nação.

François Miterrand

George Bush tentou a reeleição em 1992, mas foi derrotado pelo democrata Bill Clinton.

PEDRO, Antônio. História da Civilização Ocidental. ensino médio. volume único.

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